A Copa do Mundo veio ao Brasil num acerto de contas do Ricardo Teixeira
com o Blatter, depois de uma ajuda para ganhar a eleição na Fifa, contra
o presidente da Confederação Africana. A ideia era que o grupo do então
presidente da CBF ganhasse muito com o evento, o que de fato está
acontecendo, já que o Teixeira saiu mas seus amigos continuam no poder.
Vieram estádios super faturados e contas imensas a serem pagas com nosso
impostos. Feito o mal, fiquei pelo menos na esperança de que
aproveitássemos a chance para, finalmente, termos locais decentes para
receber torcedores. Pelo jeito nem isso acontecerá. A demonstração de
incompetência na gestão dos novos palcos ficou muito clara, já na
primeira rodada sem a Fifa.
O Estádio Mané Garrincha não tinha sequer número nas arquibancadas. Além
de bares improvisados, impossibilidade de acesso a pé e grama soltando.
Na Bahia, que já viu um buraco na numerada durante a Copa das
Confederações, os elevadores não funcionaram, não existia orientação e
nem monitores para o público, no jogo do Corinthians. E só estamos
começando. Quando a Copa terminar provavelmente teremos vários
“engenhões”, mostrando que apesar de caros, os novos campos foram feitos
de qualquer jeito, apenas para aparência nos eventos oficiais e depois
sobrarão as contas e os problemas.
O padrão e o público Fifa, funcionaram lindamente até a semana passada.
Agora a avacalhação voltou e com força. Há muita gente competente no
nosso país, para fazer esse padrão de excelência funcionar. O que não há
é interesse. Logo veremos as mesmas dificuldades e os mesmos
uniformizados tomando conta de tudo. Para os cartolas é um sonho. Com o
caos eles reinam. Já as pessoas que amam o esporte vão continuar vendo
as belezas, pela televisão, na Europa, ou aceitando as porcarias, que
viraram rotina no dia a dia do torcedor, por aqui, faz tempo.
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