A partir de agora começa pra valer o Campeonato Paulista. É matar ou
matar, sem possibilidade de erro. Pouco importa que o líder Corinthians,
por exemplo, tenha 18 pontos mais que a Ponte, oitava colocada. Um
vacilo, um pênalti mal cobrado, e pronto: lá se foi o sonho do título.
Não restam dúvidas de que o Paulistão é muito mal formulado. Sobram
partidas e falta qualidade, especialmente para os times do interior.
Mogi Mirim, Guarani, Ponte e Bragantino se sobressaíram à mediocridade
que norteou as 19 modorrentas rodadas da primeira fase. Ainda assim,
por circunstâncias, o Guarani me parece o único, entre os interioranos,
capaz de se classificar sem que soe uma surpresa grandiosa. O Palmeiras,
adversário do Bugre, padece de um certo descontrole emocional que pode
realmente custar a vaga. Nos demais confrontos, os grandes são favoritos
inquestionáveis, salvo algum acidente de percurso ou uma jornada
extraordinariamente infeliz.
Diante desse quadro, o que dizer então do rebaixamento da Portuguesa? A
“Barcelusa” caiu depois de ser apontada como favorita no início do
campeonato. Não há nada que possa realmente justificar esse vexame. Nem
mesmo a perda de Marco Antônio e Edno, referências na temporada passada.
E fica o aviso: se não se reforçar vai cair também no Brasileirão.