Agora é pra valer! Luis Felipe Scolari é o novo técnico da Seleção
Brasileira. Não chega, entretanto, a ser novidade. Já estava tudo
definido antes mesmo do anúncio da demissão de Manos Menezes. Só Andres
Sanchez, entre os dirigentes, não sabia, pelo menos até participar do
Mesa Redonda Futebol Debate no último domingo. O que o diretor apenas
suspeitava se confirmou com as declarações dos colegas Flávio Prado e
Wanderley Nogueira que revelaram no programa o encontro entre Felipão e
José Maria Marin, dias antes. Incomodado com a situação, o Diretor de
Seleções decidiu deixar a CBF. Com a demissão do corintiano, se foi
também o cargo. A entidade recriou a função de Coordenador de Seleção
que no passado já foi ocupado por Zagalo, Zico, Antônio Lopes e Américo
Faria nas últimas Copas, de 94 pra cá. Carlos Alberto Parreira deve ser o
escolhido.
Sobre Scolari, pesa favoravelmente a experiência de quem já conquistou a
Copa de 2002 comandando a Seleção e de quem foi semifinalista no
Mundial de 2006 à frente de Portugal. Por outro lado, desde então,
Felipão não conseguiu manter o prestígio. Fracassou no Chelsea, onde
foi boicotado por estrelas como Didier Drogba; no Bunyodkor, do
Uzbequistão, conquistou uma Liga, mas teve o trabalho abreviado; e no
Palmeiras, seu último clube, embora tenha vencido a Copa do Brasil, é
apontado como um dos responsáveis pelo rebaixamento da equipe. Chega com
relativo apoio popular, mas não convence a imprensa especializada. A
passagem pelo Palmeiras arranhou a imagem do treinador que à frente da
Seleção precisa provar que ainda pode fazer hoje o que já fez no
passado.