Quem sabe de futebol está mais do que cansado de saber que prever
resultados, dar palpites ou apostar em bolões nunca teve lá muita
lógica. Os adivinhões de quaisquer plantões têm sido derrubados através
dos tempos. Vai daí, fazer previsões após o sorteio dos grupos da Copa
do Mundo é um exercício arriscado.
Grupo A para 2014, por exemplo, pode representar alguma aparente
facilidade para a seleção brasileira? Não é bem assim, não… De cara, a
Croácia, hoje décima sexta colocada no ranking da Fifa. Sua posição é
superior à da Russia e melhor também que a da França. Está mais bem
classificada que o México, também do grupo. Dá para ganhar, mas não será
de véspera, lógico. Já Camarões realmente não é perigo maior à vista.
Aos otimistas mais exagerados, o que se recomenda é frieza. Que o tempo
corra sem euforia descabida.
Evidente que a seleção brasileira precisa, mas precisa realmente muito
terminar na frente na classificação após os tres primeiros compromissos.
Pela simples razão de que, nas oitavas de final, o jogo seguinte
poderia nos colocar logo diante da Espanha. Sendo o melhor do A, a
galera tem mais é que torcer para os campeões mundiais também liquidarem
a primeira fase na frente de Holanda, Chile e Australia. Os dois se
evitariam apenas desde que qualificados na mesma posição, primeiro ou
segundo. Seria uma decepção (como que um castigo para as duas seleções e
para a própria competição) se Brasil e Espanha se encarassem tão cedo.
De todo jeito, a alternativa também será problemática. Mesmo escapando
do confronto indesejável, a seleção nacional terá que enfrentar a
Holanda. Inevitável. Mas, para time que quer ser campeão do mundo, não
tem essa de escolher adversário.